O Plebiscito Nacional sobre o Fim do Imposto Sindical, que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) lançou no último dia 26, já coletou milhares de votos em todas as capitais e centenas de cidades brasileiras. Dezenas de e-mails chegam diariamente à coordenação da campanha pedindo mais informações sobre o Plebiscito. Muitos escrevem para elogiar a iniciativa da CUT, especialmente a transparência e o empenho dos dirigentes CUTistas em explicar porque quer a extinção do tributo e a proposta da Central para garantir a sustentação financeira dos sindicatos.
A demanda aumentou tanto, especialmente, nas pequenas cidades do país, que o Plebiscito foi prorrogado até o dia 15 de junho. Todos querem dizer "não" ao imposto sindical.
Para o presidente da CUT, Artur Henrique, o grande interesse dos/as trabalhadores/as em participar do Plebiscito demonstra que a central acertou ao decidir consultar a classe trabalhadora sobre o imposto, contribuição compulsória que desconta um dia de salário por ano de todos que têm carteira assinada.
O dirigente comemora, especialmente, o envolvimento da sociedade no debate sobre as formas de sustentação financeira das entidades sindicais. Nas ações de rua, pequenos empresários e profissionais liberais também param, pedem informações, querem mais detalhes sobre a proposta da CUT.
"Em todas as ações, conversamos com os trabalhadores, com as pessoas que passam nas ruas, não apenas para saber o que acham do imposto, mas também para explicar que eles é que devem decidir como querem garantir a sustentação financeira dos seus sindicatos".
A proposta da CUT é substituir este imposto por uma contribuição negocial, aprovada em assembleia após as negociações realizadas pelos representantes sindicais.
"Acredito que o fim do imposto vai fortalecer os sindicatos, torná-los mais combativos, atuantes, preparados para os desafios que o mundo apresenta. E quanto mais sindicato forte você tiver, mais qualidade de vida, mais benefícios e conquistas você vai ter", argumenta o presidente da CUT.
Segundo Artur Henrique, o imposto sindical só contribui para manter a atual estrutura sindical brasileira que favorece a criação de sindicatos fantasmas, de gaveta e não permite a liberdade e autonomia sindicais. Prova disso é que são criados, em média, três novos sindicatos por dia, interessados apenas nos recursos do imposto. "Um negócio mais lucrativo e fácil de criar do que uma pequena empresa".
A sociedade está respondendo positivamente ao Plebiscito e, com certeza, vai se engajar nas outras fases da campanha. Para a direção CUTista sem conscientização de todos, pressões e muitas mobilizações, não conseguiremos acabar com este imposto nefasto.
O Plebiscito Nacional sobre o Fim do Imposto Sindical é a primeira ação da  Campanha por Liberdade e Autonomia da CUT. A segunda ação, que será lançada durante o CONCUT, Congresso Nacional da CUT, em julho, é um abaixo assinado pela ratificação da Convenção 87 da OIT, que trata justamente de liberdade e autonomia sindical e proteção do direito sindical.
"Queremos milhões de assinatura para a proposta de um projeto de lei que ratifique esta convenção. Os trabalhadores devem ter liberdade total para decidir a forma de organização da sua luta, sem interferência do Estado ou dos patrões", conclui Artur Henrique. 


Cuiabá, MT - 24/04/2012 00:00:00


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