Algumas das 30 recomendações
encaminhadas pela sociedade civil aos cerca de chefes de Estado e Governo na
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20,
deverão ser incorporadas ao texto final como acréscimos para a implementação de
ações. Porém, negociadores que acompanham as delegações, consideram improvável
alterar o texto concluído ontem (20) de madrugada. As pendências do texto
deverão ser retomadas em um debate na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Os chefes de Estado e Governo se reunirão em mesas-redondas para avaliação das
recomendações e análise do texto. Ao final, haverá uma declaração conjunta. As
reuniões vão de hoje até sexta-feira (22). Para os negociadores, não há
possibilidade de excluir e alterar itens do texto porque a iniciativa abre
brechas para mudanças substanciais e novas discussões seriam estimuladas.
As recomendações para as
autoridades ainda estão sendo elaboradas, pois os representantes de
organizações não governamentais (ONGs), movimentos sociais e integrantes da
sociedade civil estão reunidos em dez painéis denominados Diálogos
Sustentáveis. Cada painel definirá três recomendações. Ao final, 30 sugestões
serão encaminhadas aos líderes políticos.
De acordo com os
negociadores, os temas divergentes levantados durante a Rio+20 deverão ser
novamente debatidos em setembro na Assembleia Geral da Organização da ONU,
Ambos os assuntos são
cobrados pela sociedade civil. A ideia do fundo era começar com US$ 30 bilhões,
em 2013, para os projetos destinados ao desenvolvimento sustentável, chegando a
US$ 100 bilhões, em 2018. Mas o documento preliminar não menciona o assunto. No
que refere ao Pnuma, há recomendações para seu fortalecimento e indicações para
a criação de um orgaismo específico.
Os representantes de ONGs,
movimentos sociais e integrantes da sociedade civil cobram ainda a ausência de
regulação das águas oceânicas. Para os negociadores, houve avanços no texto, no
que se refere à pesca marinha. Porém, não há indicações sobre segurança
A Rio+20 será aberta
oficialmente hoje, às 16h, pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e a
presidenta Dilma Rousseff. Além de Dilma e Ban Ki-moon, mais líderes terão
direito a discursar por cinco a dez minutos.
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multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na Rio+20