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Em 2012, a Escola Centro-Oeste de Formação da CUT Apolônio de Carvalho (ECO/CUT) completa 20 anos e comemora também os 100 anos do nascimento de Apolônio de Carvalho, essa figura ímpar do cenário da vida política brasileira e para quem um novo mundo era sempre possível e poderá estar sempre ao alcance de nossas mãos, desde que estejamos dispostos a nos organizar e a lutar por ele.
Para comemorar estas datas emblemáticas, a Escola realizará um grande evento em Goiânia (GO) nos dias 17 e 18 de dezembro: Encontro Regional de Formação da ECO/CUT, que terá como tema A Pedagogia do Cerrado no Contexto da Luta de Classes e deve reunir na capital goiana cerca de 150 pessoas, entre (as) presidentes e os (as) dirigentes das CUTs e dos sindicatos e ainda os (as) participantes dos cursos de Organização e Representação Social de Base (ORSB), de Formação de Formadores (FF) e de outras atividades formativas promovidos pelos sindicatos e ramos da região.
Afinal, como lembra a coordenadora geral da ECO/CUT, Sueli Veiga Melo, são 20 anos de história, de muito trabalho, envolvimento, militância e de ações formativas contribuindo para o fortalecimento do movimento sindical e social da Região Centro-Oeste.
Formação
Neste período, a ECO/CUT tem atuado na formação de dirigentes e militantes sindicais, de novas lideranças, de conselheiros (as) e de pessoas ligadas à economia solidária e ao desenvolvimento territorial, com o objetivo de preparar e instrumentalizar os trabalhadores e trabalhadoras para que possam participar, atuar e intervir nos diferentes espaços sindicais, políticos e sociais do Centro-Oeste.
Em 2007, o movimento sindical da região decidiu homenagear um dos mais ilustres líderes de esquerda brasileira, Apolônio de Carvalho, acrescentando seu nome ao da Escola.
Nascido em Corumbá (MS), em 9 de fevereiro de 1912 e falecido no Rio de Janeiro (RJ), no dia 23 de setembro de 2005, Apolônio cursou a Escola Militar do Realengo, de onde saiu como tenente em 1933. Em 1935 ingressou na Aliança Nacional Libertadora (ANL). Com a decretação da ilegalidade da ANL foi preso e perdeu sua patente. Foi solto em 1937 e filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro. Em seguida viajou para a Espanha e ingressou nas Brigadas Internacionais, onde combateu o franquismo na Espanha, o nazismo na França e a ditadura no Brasil. Conheceu a tortura e o exílio, mas não perdeu a capacidade de acreditar na construção de um mundo mais justo e solidário.
"Entendemos ser uma pequena e legítima homenagem àquele que dedicou sua vida e seus sonhos às causas dos povos oprimidos em várias partes do mundo. Continuar a luta de Apolônio de Carvalho é, para cada um e cada uma de nós, uma responsabilidade histórica. Responsabilidade que a ECO/CUT de forma simples, mas, consciente, procura assumir sua parte", coloca Sueli.
Cuiabá, MT - 20/12/2012 00:00:00
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