O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) é contra a gestão da saúde pública em Mato Grosso através de Organizações Sociais de Saúde (OSSs). A implantação das OSSs representa a privatização da saúde pública.
O contrato da Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso com o Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (IPAS) é um exemplo de que esse sistema não funciona em Mato Grosso. Este contrato não passou pelo Conselho Estadual de Saúde, traz cláusulas contratuais complexas, sem clareza e não cumpre as leis 8142/90 e 8080/90 Código Nacional Seção II - Saúde, regido pelos artigos 196/197/198 da Constituição Federal de 1988.
A cláusula quinta, itens 5.1 e 5.2 do contrato de gestão Nº 001/SES/MT/2011, dá poderes ao IPAS para contrair empréstimos Nacional e Internacional, basta ter o aval da comissão permanente de gestão e do secretário de saúde. Essa cláusula dá autonomia para que a OSS possa contrair empréstimos e penhorar patrimônios públicos.
O Contrato das OSS permite contratar prestação de serviço sem que haja licitação, isso é grave porque não passa pela aprovação do Conselho de Controle Social no caso o Conselho estadual de Saúde. O setor de recursos humanos contrata servidores sem concurso público e que pode não configurar vínculo empregatício como pode ser visto na Cláusula oitava, 8.5 e 8.6 do contrato em vigor.
Quando foi assinado o contrato do Metropolitano em maio de 2011, o orçamento era de R$31.386 milhões das fontes 112 e 134. Destes recursos o contrato previa que R$6 milhões (19,12%) eram pra investimento e o restante para atendimento de serviço de saúde. O contrato que está em vigor deveria aplicar em atendimento R$22 Milhões em 2011, o que não foi divulgado com transparência. O contrato tinha valor de 12 meses e foi renovado com o aval da Comissão Permanente de Gestão e pelo secretário Estadual de saúde. "Lembrando que a comissão Permanente de Gestão não cumpre as exigências do Controle Social, ou seja, a paridade. A maioria é da própria gestão das OSS's e não da representação da sociedade", explica Orlando Francisco, secretário de Finanças Sintep/MT, representante da entidade com assento no Conselho Estadual de Saúde/MT.
O Relatório Anual de Gestão (RAG) das OSS's não foi avaliado conforme exigência da Lei Complementar 141 de janeiro de 2012 e da Lei de Responsabilidade Fiscal 101/2000. Isso prova o descumprimento das Leis em vigor.
Embora o governador tenha mostrado satisfação com esse modelo de gestão ao que se refere à pesquisa de opinião, esta não é de conhecimento público, não se sabe se realmente os usuários do sistema foram realmente entrevistados, vale lembrar que a pesquisa precisa levar em consideração o número de usuários que procuraram o atendimento e não os que apenas foram atendidos.
Para ver o contrato de gestão do IPAS na íntegra Clique Aqui.

Cuiabá, MT - 15/01/2013 00:00:00


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