A secretária de Formação Sindical do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Marli Keller, participou, entre os dias 17 e 19 de novembro, do 1º Seminário Nacional de Saúde do Trabalhador da Educação. O evento foi promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com o objetivo de conhecer a realidade sobre o tema nos Estados para discussão e elaboração de políticas de prevenção.

Segundo a representante do Sindicato, o debate tem extrema importância para a categoria. "O principal encaminhamento foi a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), que precisa ser assumido pelos trabalhadores da educação", destacou. Para Marli Keller, essa conscientização precisa ser incorporada pelas afiliadas da CNTE. "O coletivo de Saúde da Confederação já abraçou a causa como prioridade", informou.

Segundo o secretário de Saúde da CNTE, Alex Saratt, o seminário retomou uma discussão que a entidade já teve no passado, mas que foi adiada em função de outras pautas igualmente importantes. "A saúde do trabalhador perpassa às relações de trabalho na educação e é tão importante quanto à questão do piso, da jornada e da carreira". Ele acrescentou que a pauta de saúde é muito extensa, e que a ideia é desenvolver outras atividades porque o adoecimento na categoria está muito elevado e é uma demanda muita séria.

Ao participar de uma das mesas-redondas do evento, "Saúde e Cidadania no trabalho escolar: do real ao necessário", a supervisora técnica do Escritório do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em São Paulo, Eliana Elias, apresentou uma pesquisa realizada com cerca de 1.600 professores do ensino fundamental e médio da rede estadual de São Paulo pela APEOESP/DIEESE sobre o perfil e as condições de trabalho e saúde dos trabalhadores.

No item Causa de Sofrimento ou Incômodo, a superlotação das salas de aula foi apontada por mais de 87% dos entrevistados como o maior indicador de agravo à saúde e bem-estar do professor. Em seguida, apareceu falta de material didático (67%), dificuldades de aprendizagem dos alunos (66%) e jornada de trabalho excessiva (64%). Já no item Saúde e Adoecimento dos Professores, o cansaço foi a principal queixa de 80% dos pesquisados, vindo depois o nervosismo (61%), problemas da voz (58%) e dores nas pernas (56%). Quanto aos Distúrbios Mentais e Comportamentais, o estresse foi citado por 46% dos professores como o principal diagnóstico.

Propostas - Além da defesa do SUS, as principais propostas apresentadas durante o Seminário e que serão encaminhadas à próxima reunião da Executiva da CNTE para avaliação foram: estimular a participação e a organização de coletivos de saúde; pensar a saúde do trabalhador em educação não como um argumento e sim como política de negociação para a promoção de saúde e prevenção de doenças; aprofundar o debate porque o adoecimento da categoria está muito elevado; realizar cursos de formação, debates de toda ordem, produção de material de informação e comunicação (cartilhas, vídeos, revistas) para que o tema ganhe a relevância que merece; e incluir em todos os eventos da CNTE e das entidades filiadas a discussão sobre a saúde do educador.

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação com informações da CNTE

 

 

Cuiabá, MT - 23/11/2009 00:00:00


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