Os trabalhadores da educação realizarão uma reflexão, durante o próximo Conselho de Representantes, nos dias 12 e 13 de dezembro, acerca dos problemas criados pelo governo do Estado na execução do concurso público, cujas provas foram canceladas no dia 22 de novembro. "Pretendemos estabelecer um prazo para que o governo realize as provas e o chamamento dos profissionais que forem aprovados", prevê o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira.
Na opinião do Sindicato, a intransigência dos gestores do concurso foi responsável por tantos transtornos ocorridos na vida da população. "Com a escassez de recursos públicos em função das políticas de isenção e renúncia fiscais, além da sonegação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para a educação, o governo do Estado de Mato Grosso não pode se dar ao luxo de desperdiçá-los, como fez agora na condução do concurso público", salienta o sindicalista.
Além do prejuízo financeiro, o adiamento das provas para os meses de janeiro e fevereiro causa inúmeros transtornos para a rede de ensino, por conta do alto número de trabalhadores com contrato temporário. "No caso do cargo de professor, eles já superam 50% do quadro, enquanto no cargo de Apoio, como merendeiras, agentes de limpeza e agentes de segurança,
Para o Sintep/MT, a culpa do desastre de gestão não pode ser creditada somente à Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). "O governo é o grande responsável pelo sucateamento da instituição da qual é o mantenedor. Não existe uma dissociação. Simples assim", complementa Gilmar Soares Ferreira. A direção do Sintep/MT espera que, com a divisão de datas, o concurso público seja realizado. "Mas vamos estar de olho e cobrar o compromisso firmado", finaliza.