Nos dias 19, 20 e 21 de novembro, em Chapada dos Guimarães/MT, a Escola Centro-Oeste de Formação Sindical da CUT- Apolônio de Carvalho (ECO/CUT) em parceria com o Comitê de Políticas para as Mulheres Rurais e Quilombolas do Território da Baixada Cuiabana realizaram dois cursos de Formação de Mulheres Rurais. Os cursos fazem parte de projetos desenvolvimentos através de convênio com o Ministério Do Desenvolvimento Agrário (MDA) e com o Ministério de Trabalho e Emprego (MTE).


Segundo o professor e educador colaborador da ECO/CUT, Jeová Simões, são duas atividades coordenadas pela Escola: Reunião Estadual do Centro de Formação da Economia Solidaria da Região Centro Oeste é um projeto coordenado pela ECO CUT, em convênio com MDA, que visa fortalecer as relações de economia da Região Centro-Oeste. E, o outro projeto,

também coordenado pela ECO/CUT, é o Curso de Formação para as Mulheres Trabalhadoras Rurais e Quilombolas, projeto extenso, envolvendo toda a região centro-oeste que tem como principal eixo de ação a organização das mulheres trabalhadoras rurais nos territórios, e neste caso, o território cidadania da baixada cuiabana.


De acordo com Jeová, esta é a primeira atividade do programa aqui em Mato Grosso. Os cursos têm por objetivo articular a discussão, a participação e a formação das mulheres de trabalhadoras rurais e quilombolas dentro dos Territórios de Cidadania, não apenas inserindo-as nos colegiados diretivos do Território, mas também na formulação e desenvolvimento das políticas públicas.


Ao todo, dentro do projeto, estão previstas a realização de onze atividades de formação, em 4 territórios da cidadania, com a perspectiva de gênero, raça e etnia, por meio do fortalecimento da participação delas nos espaços de gestão social, bem como, no estimulo a sua auto-organização. A ideia é que haja uma organização especifica das mulheres, enquanto mulheres, com o foco de gênero, igualdade, respeito e fim da violência contra a mulher, para que elas possam participar dentro dos territórios e abrir espaços efetivos de poder com a visão das necessidades das mulheres.


“Hoje, estamos passando por uma reorganização das políticas dos territórios e esse novo arranjo passa pela organização das mulheres, ou seja, a expectativa é que as mulheres sejam essa força motriz e de esperança para o fortalecimento dos territórios”, afirma o professor.


De acordo com a assessora pedagógica e administrativa do Centro de Formação de Economia Solidária da Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (CFES/Senaes/MTE) de Mato Grosso, Rosângela Carneiro Góes, essa é a segunda chamada pública que a ECO/CUT acessa para desenvolver a formação, a articulação e a fomentação, de lideranças para o fortalecimento do Comitê de Mulheres do Território da Baixada Cuiabana


“Os públicos desse evento são basicamente mulheres trabalhadoras rurais dos projetos de assentamento, quilombolas e alguns gestores que tem a tarefa de facilitar a organização de grupos produtivos para que as mulheres possam acessar as políticas de créditos e políticas públicas”, aponta Rosângela, destacando que se as mulheres não conseguirem a independência econômica e vencer as dificuldades financeira elas não conseguem ser independentes.


“Portanto, é importante que haja mobilização, formação, para o bem viver dessas mulheres. Hoje, percebemos que há um empobrecimento, um esquecimento das formas tradicionais de organização e de tecnologias, por isso são importantes o resgate e a troca de experiências”, completa a pedagoga. 


Para a professora da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Lisanil Patrocínio, que coordena o Núcleo de extensão de Desenvolvimento Territorial da Baixada Cuiabana, as atividades também visam articular e fortalecer o Comitê de Mulheres da Baixada Cuiabana. “É preciso fazer acontecer para que as mulheres se empoderem e tenham o domínio das políticas públicas para que possam exercer o controle social dessas políticas e que, principalmente, para que elas possam ter condições de acesso por exemplo ao Pronaf Mulher; Ater Mulher”, explica.
 
“A maioria dessas mulheres são chefes de famílias e sofrem várias formas de discriminações, principalmente dentro dos lares. Elas têm dificuldades até para sair de casa e participar de atividades como esta, pois à essas mulheres é imposto o papel de reprodutora e organizadora do lar”, critica a professora, ressaltando que o principal objetivo é a inclusão e a organização produtiva das mulheres. 

Assessoria CUT/MT

Silvia Marques

Cuiabá, MT - 24/11/2015 13:06:33


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