O XVI Encontro Estadual do Fórum Permanente de Debates da Educação de Jovens e Adultos de Mato Grosso (FPDEJA/MT) reúne durante três dias (26, 27 e 28.10), na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), representantes da Educação estadual, na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) para o debate sobre políticas que assegurem formação cultural e integral para os/as estudantes da modalidade.

Na abertura, ontem (26), foram exploradas as perspectivas para o futuro da Educação de Jovens e Adultos (EJA) diante do cenário de desmonte de direitos. E, hoje (27), a discussão abordou “Cejas, em Mato Grosso: Garantia de tempos e espaços para os sujeitos da EJA?”

A vice-presidente do Sintep/MT, Jocilene Barboza, compôs a mesa de debates desta sexta-feira, reforçando a análise conjuntural feita na mesa de abertura. Conforme ela, o desmonte da modalidade não é uma situação pontual. As políticas de Educação estão impactadas pelas medidas nacionais, com viés economicista, que não asseguram espaços para as diferenças. “Numa política em que a educação não é prioridade, o projeto dos CEJAs automaticamente será minado. A proposta é debater uma alternativa”, destacou.

Jocilene esclarece que ao longo dos últimos anos a desconstrução do CEJA, tem colaborado para os alto índices de evasão na modalidade EJA. O projeto não teria sofrido reformulações necessárias ao longo dos anos, contribuindo para o desinteresse dos/das estudantes. “É preciso fazer o debate para a construção de uma educação que atenda a expectativa desses jovens e adultos”, diz.

O secretário de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), Edinaldo Gomes de Souza, destacou a preocupação do governo Taques com os altos índices de evasão presencial dos/as estudantes da EJA. Diante do quadro, anuncia que a Secretaria elabora de um projeto com o objetivo de assegurar o atendimento e garantir a qualidade do ensino. “Sem não mudar o fluxo evasão e reprovação seremos os piores índices no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)”, acrescentou.

Para o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes, a formação não deve seguir o modelo bancário com foco em índices. A nova realidade do mundo do trabalho não pode estar ancorada na economicidade. “O Ideb é importante, no entanto, avaliar qualidade apenas por três itens (evasão, repetência e proeficiência) não é suficiente. É preciso considerar prática educativa, gestão democrática, infraestrutura. Tem outros tópicos para considerar na avaliação da qualidade”, disse.

O diretor do Ceja Arão Gomes Bezerra, no município de Sorriso, Robson Machado, defendeu o debate para a pluralidade de ideias. Por sua experiência, desde 2008, com o Centro de Educação de Jovens e Adultos, acredita na proposta inovadora. “O Ceja integrava experiências positivas para a EJA. Era um projeto diferenciado que marcou a política educacional para a modalidade”.

Os debates continuam no período da tarde com discussão e apresentação de vivência na EJA, reunião dos movimentos representantes do Fórum, até a finalização, sábado (28), com a Plenária. Integram os debates representantes dos educadores e das educadoras, gestores/as, movimentos social, Sistema S, ONGs, instituições de ensino superior, funcionários de instituições que oferecem EJA, movimento sindical e conselhos.

 

Assessoria Sintep/MT

Cuiabá, MT - 27/10/2017 15:31:39


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