O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) faz novo alerta para os impactos que a falta de investimentos em condições de trabalho, infraestrutura e em políticas de educação integral e de tempo integral, está acarretando para gerações de estudantes. Mais uma vez, os índices divulgados pelos institutos de pesquisas educacionais, comprovaram a urgência do governo priorizar a Educação.
Os dados publicado do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (INEP), na semana passada, revelaram a lacuna na formação dos estudantes. Os números apontaram que 53% dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental estavam com conhecimento insuficientes nas áreas avaliadas (Língua Portuguesa e Matemática). Mesmo não considerado o conhecimento nas demais áreas dos saberes (Artes, Educação Física, Ciências), o estudo confirma a tese do Sintep/MT, sobre o prejuízo que a ausência de políticas educacionais estão promovendo na sociedade.
“Esses índices só irão mudar quando tivermos gestores comprometidos com a qualidade da Educação no estado e no país. Em Mato Grosso, um Estado riquíssimo, sofremos com a falta de investimentos, dada a prioridade do governo estadual ao privilegiar os grandes empresários em detrimento dos investimentos em Educação”, destaca a secretária de Políticas Educacionais do Sintep/MT, Guelda Andrade.
Disputa
O Sindicato faz ponderações sobre o tipo e a forma das avaliações reproduzidas, contudo destaca que os resultados só confirmam o fatos conhecidos e apontados na luta sindical. “Reafirmam o quanto o desmonte da Educação Pública impacta na soberania do país, mesmo as avaliações sendo pontuais, só analisando dois aspectos do conhecimento dos estudantes (Português e Matemática) e tratando de forma igual realidades diferentes, como a dos estudantes do campo e urbanos”, afirma a dirigente. 
“Temos que parabenizar os professores e professoras, são verdadeiros guerreiros no espaço da escola. Guelda lembra que o enfrentamento diário dos profissionais contra as péssimas condições de trabalho, muitas vezes tendo que fazer dupla jornada para sobreviverem, enfrentando realidades sociais diversas, além da insuficiência da formação continuada. “Mas são eles que diariamente são desafiados no exercício da docência a oferecer à milhares de meninos e meninas todas as condições possíveis para assegurar a cidadania e lutarem por ela”.
A secretária aponta a falta de compromisso do governo, como o fator principal dos índices baixos na formação dos/as estudantes. “É preciso refletir acerca dos projetos educacionais que estão em disputa e observar qual deles contempla as demandas da classe trabalhadora.
Projeto
A luta sindical defende que só por meio de um projeto comprometido e vontade política por parte do gestor, será possível assegurar escolas adequadas aos estudantes do século XXI. “É fundamental que tenhamos a gestão democrática, profissionais com dedicação exclusiva, para pensar um currículo de forma articulada, debater o projeto político pedagógico de forma coletiva, respeitando as diversidades e realizar o planejamento com uma sequência pedagógica, além de garantir valorização profissional digna, e infraestrutura moderna. A partir daí os resultados não serão tão negativos”, conclui.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 30/10/2017 14:47:16


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