Movimentos sociais organizados de Mato Grosso se reuniram, na tarde desta terça-feira (20), na Praça Alencastro, em Cuiabá, para denunciar todas as formas de violência. Sob o lema "Terra: mercadoria ou vida?", os manifestantes protestaram contra o substitutivo ao projeto do Zoneamento Socioeconômico e Ecológico de Mato Grosso (ZSEE/MT).

Na oportunidade, as secretárias de Formação Sindical e de Articulação Sindical do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Marli Keller e Maria Luiza Zanirato, respectivamente, distribuíram uma Nota Pública em repúdio à aprovação do substitutivo, em primeira instância, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). "Nossa preocupação é com a vida dos seres humanos e das espécies, pois essa proposta põe a terra numa condição de mercadoria e ignora o processo democrático de construção do ZSEE", argumentou Marli Keller.

A substituição ao Projeto de Lei (PL) foi feita pelo deputado estadual Dilceu Dal'Bosco (DEM), apoiado pela maioria dos parlamentares. "Mas sem respaldo legal, técnico e, pior, popular", diz um trecho da Nota Pública do Sintep/MT. A entidade apoia o projeto inicial do Zoneamento, com emendas do deputado estadual Alexandre César (PT), que foi construído democraticamente pela população mato-grossense por meio de seus movimentos sociais organizados. "Estas emendas, sim, vão ao encontro dos anseios da sociedade, levantados nas 15 audiências públicas realizadas em todas as regiões do Estado", destacou a sindicalista.

O movimento antiviolência também reivindicou a aprovação da reforma agrária, o fim da violência contra os povos indígenas, alternativas econômicas mais solidárias, dentre outros pontos. Participaram, além do Sintep/MT, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental (Remtea), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Instituto Caracol (Icaracol), e Grupo de Trabalho Missionário Evangélico (GTME).

Para ler a Nota Pública do Sintep/MT na íntegra, clique aqui.

 

Cuiabá, MT - 20/04/2010 00:00:00


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