Apesar de estarem sofrendo pressão de grupos ligados à prefeitura municipal de Cláudia, a
Segundo ele, uma professora que filmava a manifestação da categoria teve o braço apertado, deixando a câmera cair no chão. "Durante o ato público de ontem (21), tivemos outras situações como essa, com o intuito de intimidar o movimento, mas isso tornou nosso movimento mais forte ainda", ressaltou. Os trabalhadores da educação enfrentam ainda outro problema. De acordo com o sindicalista, o prefeito Vilmar Giachini divulgou na imprensa local que os profissionais estariam recebendo multa diária de R$ 5 mil. "A greve não foi considerada ilegal e fizemos uma denúncia na Promotoria Pública contra essas declarações", disse.
Mesmo diante desses problemas, os sindicalistas contam com o apoio da maioria dos pais de alunos. Após uma reunião com a categoria, no dia 16 de abril, alguns deles coletaram assinaturas em favor das reivindicações da categoria. "Eles entenderam a nossa luta, que não é só pelo piso salarial, mas por melhor material didático para todas as escolas públicas, construção imediata das escolas nos assentamentos do município, e direitos iguais a todos os alunos", frisou Edson Sauthier.
Também integram a pauta de reivindicações, implementação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), conforme determina a Lei 11.738/08, respeito ao plano de carreiras dos profissionais da rede municipal; pagamento das dívidas históricas para com a educação, principalmente relacionadas ao antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) dos anos de 2004, 2003, 2002 e 2001. "Todas essas questões interferem diretamente na qualidade de ensino, e o prefeito sequer negociou conosco este ano", protestou.
Impasse - A subsede do Sintep/MT procurou a prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Cláudia (SMEC) inúmeras vezes, mas de fevereiro de
À medida que a negociação emperrava, o desgaste entre trabalhadores e prefeitura aumentou a ponto de o prefeito ter exonerado toda a equipe da pasta de Educação. Com a troca no secretariado, o novo titular solicitou, ao final da reunião do dia 16 de março, mais 10 dias para retomar as negociações. Desde então, a categoria está em greve.