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A Escola Unitária na Defesa do Direito à Educação Básica Integral no Contexto das Reformas Educacionais fez parte do debate da tarde de sexta-feira (14.09) dentro do Encontro Extraordinário de Educação do Sintep/MT, no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. Conduziram as discussões a professora mestra Rosângela Pereira de Oliveira e pelo professor doutor Elismar Bezerra de Arruda.
A professora Rosângela, a escola de Gramsci traz a construção para um projeto de sociedade que supere a dualidade na Educação. Gramsci analisa a divisão entre formação, em técnica e intelectual. Uma voltada para os trabalhadores e a outra para a classe hegemônica. “A Escola Unitária é pensada para superar a dualidade do ensino. Para Gramsci todos os homens são intelectuais apesar de nem todos desempenharem na sociedade o mesmo papel”, afirma.
Na palestra faz um paralelo entre a realidade questionada por Gramsci e o momento atual, em que os índices revelam filhos de trabalhadores com educação básica incompleta, sem acesso ao nível superior, frente aos privilégios dos filhos da elite. “A escola dual apontado por Gramsci é uma realidade nos dias atuais, dentro da escola pública, O que não contribui para a consciência de classe. A escola quando separa tem uma lógica, a lógica da invisibilidade da divisão de classe”.
“A escola unitária ou de formação humanista é como Gramsci viabiliza o conhecimento para as massas trabalhadoras, estabelecendo o Trabalho como princípio educativo - práxis, unidade teoria/prática”, cita o professor Elismar. Para Gramsci as outras ideologias são ciências não orgânicas contraditória e voltadas para interesses outros que não busca resolver as contradições da vida.
Trazendo para Mato Grosso destaca a tragédias da realidade das massas trabalhadoras, com 16 anos de idade ou mais (até 70 anos), que estão fora da educação formal e alheias ao processo integral de Educação dado pela Escola Unitária. Cita, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral -2017. “O estado tem 107.325 Analfabetos; com Ensino Fundamental incompleto eles são 630.856; e 432.562 com Ensino Médio incompleto. E Lê e escreve - 235.409. Portanto, 1.406.152 pessoas que são eleitores, em Mato Grosso, e que não tem a Educação Básica”.
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Assessoria/Sintep-MT
