O quarto painel de debates do Encontro Extraordinário de Educação do Sintep/MT, sábado (15.09), no período da tarde, reuniu três olhares para tratar sobre “o Modelo de Desenvolvimento de Mato Grosso, Resistência e Protagonismo dos Movimentos Sociais e Sindical”. Apesar de partirem de caminhos diferentes o foco dos palestrantes se encontraram no fato de que o modelo de desenvolvimento do estado, e do país, intensifica o desmonte do Estado brasileiro, com  concentração de renda e ataque aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

O professor doutor Marcos Macedo Fernandes Caron (UFMT) destacou que o modelo de desenvolvimento de Mato Grosso não está isolado do projeto de desenvolvimento para o Brasil. Um modelo de produção cuja a visão econômica é agrícola. Uma contradição, segundo ele, já que a população não é agrária. É. urbana e moderna. Contudo, o discurso da população valoriza esse tipo de produção primária, o que não gera empregos e renda para a maior parte de brasileiros.

O modelo, segundo o palestrante, professor doutor Dorival Gonçalves Junior (UFMT), não é novo e vem se consolidado no estado desde a década de 90. E, atualmente inspira a economia nacional. “Ele parte do princípio que a maior parte da sociedade é organizada pelo trabalho e a minoria organiza o trabalho. Numa clara visão de sociedade dividida em classes sociais”, disse.

Dorival apresentou informações que revelaram o quanto o modelo econômico estadual contribui para a exploração dos trabalhadores e ganha sustentação na organização política nacional. “O modelo de desenvolvimento do país é o golpe,”, afirma. Uma prática sustentada por estratégias que reafirmam o padrão capitalista. Com a crise de 2008 no lucro das grandes empresas, o mercado se realinhou (golpe).  

O professor apresentou planilhas que confirmam a falácia da crise nacional, pois os índices da economia sempre registraram patamares positivos. “A crise da sociedade é a crise do capital”, disse.  A balança pendendo para a justiça social gera crise e daí as medidas de desmonte (EC 95, Reforma Trabalhista, Terceirização). E a reorganização do projeto de exploração. 
  
Encerrando os debates o professor e dirigente sindical, Júlio Viana, ressaltou que na luta do Sindical, para contribuir com as causas da educação (Lei 510/2013) já trazia a relação com a contradição do crescimento do PIB, na economia de Mato Grosso, e a reclamação do estado com a receita. “Nosso estado está cada vez mais rico com uma população mais pobre”, disse. 

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 17/09/2018 14:58:24


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