O segundo dia de programação do Encontro Extraordinário de Educação do Sindicato do Trabalhadores no Ensino Público (Sintep/MT), 15 de setembro, trouxe o tema “As Etapas e Modalidades da Educação Básica Diante da Implantação da BNCC”, com os palestrantes Heleno Manoel Gomes de Araújo Filho, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e da professor doutora, Silvia Maria dos Santos Stering, do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Ambos fizeram a defesa da formação integral e humanizada e contra a proposta curricular imposta pelo governo federal.
Para a professora Silvia Stering, é um desafio complexo fazer da escola um ambiente atrativo para o estudantes e para os profissionais. E, a perspectiva da proposta elaborada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) inviabiliza a meta. Conforme ela, o currículo organizado na visão do capital ou das empresas que hoje se apropriaram da Educação promovem uma Educação sistemática, que não possibilita o direito de pensar. “Aprender a pensar é fundamental para entender e respeitar o outro, as diversidades e isso é desde a educação infantil ao Ensino Médio”, afirmou Silvia Stering (IFMT).
Por sua vez, o presidente da CNTE destacou a falta de legitimidade da BNCC quando não ouviu a base; os estudantes, pais e profissionais para ser construída. Conforme ele, cada um e cada uma tem um papel nesse debate que deve ser feito como um processo de construção, e esse não foi respeitado. “Toda prescrição é uma imposição de uma consciência a outra, lutamos pelo diálogo e a construção coletiva”, disse.
Heleno chamou atenção para a relevância do papel sindical via comissões de base, na promoção e esclarecimentos dessa BNCC. Segundo ele, é preciso ter a compreensão de que ela é a negação de direitos e deve ser recusada em defesa do direito a Educação. ”É preciso organização para o enfretamento necessário da defesa de nosso projeto de Educação e de sociedade”, concluiu.
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Assessoria/Sintep-MT