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12 de novembro – dia do Diretor(a) de escola. Momento de reafirmar a Gestão Democrática.
Hoje, 12 de novembro, é o dia do Diretor de Escola. Seria uma data onde todos os trabalhadores e trabalhadoras da educação gostariam de comemorar, no entanto, em Mato Grosso, uma decisão unilateral do governador Mauro Mendes, quer transformar essa figura tão importante dentro das unidades de ensino, em apenas um “gerente”, imitando uma visão do mundo corporativo, tirando o que há de mais singular no exercício dessa função: que é o seu lado humano, sua identificação em relação à comunidade escolar onde atua e o papel estratégico no desenvolvimento das múltiplas dimensões humanas e sociais.
É sabido de todos que, o executivo estadual, age em total desconformidade com a Lei 7.040/1998, que trata da gestão democrática nas unidades de ensino, da autonomia pedagógica, administrativa e financeira da escola, mediante organização e funcionamento dos Conselhos. A gestão democrática nada mais é do que o próprio nome já diz, é o exercício livre da democracia na escolha desses gestores, com a participação direta e por meio do voto de cada representante das esferas que compõem a comunidade escolar, sendo elas, os próprios trabalhadores daquela unidade de ensino, os alunos e os pais dos alunos.
Para deixar a data de hoje com um sabor ainda mais amargo, o governo Mauro Mendes lançou recentemente por meio da secretaria estadual de Educação, a Seduc, o edital nº 005/2020, que prevê a realização de um processo seletivo para ocupação do cargo de diretor de escola, desconsiderando completamente a opinião da comunidade escolar, excluindo-a do processo de escolha, e, visando um processo puramente técnico e que, com certeza, vai impactar na qualidade dos projetos político-pedagógicos, também chamados de PPP, que são a definição das diretrizes, metas e métodos para que a instituição de ensino consiga atingir os objetivos a que se propõe.
Como garantir que o PPP tenha identificação com aquela escola, se o diretor escolhido (por meio de processo seletivo e não pelo voto) para atuar ali, muitas vezes desconhece completamente as minúcias daquela comunidade escolar? O Sintep-MT repudia a escolha de diretores com critérios que desmereçam a importância da identificação, do lado humano, da liberdade de escolha.
Sendo assim, o Sindicato parabeniza essa função que tem papel fundamental no desenvolvimento e avanço da educação pública, mas não com olhos de celebração. A data de hoje inspira mais do que nunca o tema que rege o Sintep Mato Grosso. Hoje é dia reafirmar que os trabalhadores da educação buscam autonomia e democracia conforme versa a Lei 7.040/1998, e que vão em busca desses pilares, convocando todos e todas para que sejam resistência, para que lutem.
Fonte: Assessoria Sintep-MT.
