O ministro da Pesca e
Aquicultura, Marcello Crivella, disse hoje (10) que apenas 26,9% (cerca de 1,5
mil) das 5.565 prefeituras em todo o país incluem o pescado no cardápio da
merenda escolar pelo menos uma vez por semana.
Em março, a pasta iniciou um
levantamento detalhado, em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), sobre o consumo de
peixe nas escolas públicas. A coleta de dados, por meio de questionário feito com nutricionistas e
responsáveis técnicos pela alimentação escolar, foi prorrogada. O questionário
da pesquisa está disponível no site do Ministério da Pesca e Aquicultura até o
próximo dia 31 de maio.
A ideia, segundo Crivella, é
saber, por exemplo, se a escola tem câmaras frigoríficas para estocar o
alimento, se as merendeiras sabem preparar o pescado e se há dificuldade na
aquisição de peixe fresco na cidade.
Ao participar do programa
Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de
Comunicação da Presidência da República, ele lembrou que o brasileiro consome,
atualmente, 10 quilos de peixe por ano. A recomendação da Organização Mundial
da Saúde (OMS) é que o consumo fique em torno de 12 quilos ao ano por pessoa.
"A média mundial chega a 16
quilos. Países como o Japão têm um consumo per capita de 30 quilos. Estamos
diante de um grande manancial e, ainda assim, consumindo pouco", disse. "A
verdade é que a gente precisa desenvolver esse hábito nas crianças. Se elas não
adquirem esse hábito em casa, a ideia nossa é que o adquiriram nas escolas",
completou.
O ministro destacou que a
proteína do peixe é uma das mais nobres, pois cada
Outra linha de atuação
consiste em negociar, com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, a inclusão do peixe nas programas atualmente implementados.
"Nosso futuro é brilhante.
Os técnicos do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]
chegam a dizer que a indústria da pesca no Brasil tem o potencial de ser um
pré-sal, até com mais longevidade. Tanto o gás quanto o óleo, um dia, vão
acabar. Nosso pescado não", concluiu.