O segundo dia de greve, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), intensificou a luta pela educação pública. Esta quarta-feira (16/03) foi marcada por atos públicos, assembleias e debates em 22 estados e o Distrito Federal, para exigir o cumprimento da lei do Piso, contra a terceirização, a entrega das escolas às Organizações Sociais (OSs), o parcelamento de salários, a militarização de escolas públicas e a reorganização das escolas.

Para Roberto Leão, presidente da CNTE, diante do cenário atual, os trabalhadores em educação devem se unir. “Podemos fazer um balanço positivo até agora. Cerca de 80% dos sindicatos filiados agendaram atividades para os três dias de greve. Educadores de diversos estados estão indo às ruas para lutar pelos seus direitos. Devemos continuar com os debates e nos mobilizando. É importante também lembrarmos sempre do PNE, que estabelece prazos que precisam ser cumpridos”, afirma.

Alagoas: O Sinteal realizou, junto ao movimento da reserva técnica, ato público na Praça Deodoro (Centro de Maceió), em frente ao Tribunal de Justiça. O protesto exigia que uma posição do tribunal obrigue o Governo de Alagoas a convocar os concursados de 2013 para a educação, que está com carência de professores.

Goiás: O Sintego promoveu ato público contra a privatização das escolas para as OSs, a militarização e a terceirização e pelo pagamento do Piso dos professores e da data-base dos servidores administrativos. A manifestação aconteceu em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia.

Maranhão: Na região metropolitana de São Luís, segundo o Sindicato dos Professores da Rede Estadual de Ensino, todos os docentes aderiram ao movimento. Já no interior do Maranhão, o índice de adesão é de 80%. Dentre as reivindicações, destaque para a reorganização do sistema de ensino do país e o cumprimento da lei do piso salarial.

Minas Gerais: Os trabalhadores em educação da rede estadual fizeram assembleia estadual, com paralisação total de atividades.

Pernambuco: Os professores da rede estadual de ensino fizeram uma paralisação. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe), 60% das escolas estaduais estão sem funcionar desde terça (15/03), sendo 50% do interior e 70% da Região Metropolitana do Recife (RMR).

Confira a agenda dos 39 sindicatos que aderiram à Greve Nacional.

Tabela Salarial

Levantamento realizado pela CNTE no mês de fevereiro revela que somente 3 unidades da federação cumprem integralmente a Lei Nacional do Piso do Magistério (Lei 11.738). De acordo com informações repassadas pelos sindicatos filiados à Confederação, apenas os estados de Sergipe e Piauí e o Distrito Federal pagam o piso anunciado pelo MEC para 2016, que é de R$ 2.135,64 para profissionais em início de carreira, com formação em nível médio, para uma jornada de 40 horas semanais e 1/3 da carga horária destinada para atividades extraclasse.

Confira a tabela aqui.

CNTE

Cuiabá, MT - 17/03/2016 10:00:14


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