O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) alerta para a tsunami privatista na educação pública que avança cada vez mais no cenário nacional. Recentemente, a fusão de duas empresas educacionais - Kroton Educacional, líder no setor de educação superior privada no Brasil que passa a controlar a Somos Educação, antiga Abril Educação - torna ameaçador o futuro da Escola Pública e Gratuita.

A negociação empresarial se deu no mês de abril, e reforça a necessária resposta dos trabalhadores e das trabalhadoras ao desmonte de direitos vindos sobre setores estratégicos de desenvolvimento social, como é a educação. As duas empresas, agora uma só, integram o sistema financeiro, o mercado de ações, e como tal se mantém com único objetivo de lucrar. Com esse foco expande a área de atuação facilitada pelo cenário político e econômico atual.

As inúmeras reforma federais e estadual estão desmontando as políticas públicas. Pensando em estratégias para contrapor a retirada de direitos, o Sintep/MT tem feito as chamadas Jornadas de Debates levando a vários municípios do estado, esclarecimentos sobre o que está por trás da “ponte para o futuro” de Michel Temer, assim como o “governo de Transformação e as inovações” da política de Pedro Taques, em Mato Grosso. “Ambas sedimentam terreno para o avanço da privatização na educação pública e gratuita”, destaca o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes.

“Não apenas na educação pública, mas na saúde, na previdência, é um desmonte intensivo nos direitos sociais e trabalhistas da classe trabalhadora. Precisamos ter consciência do que isso significa e os impactos que terá para nós, trabalhadores e trabalhadoras da educação”, ressalta.

Conforme esclarece nos debates feito à sociedade mato-grossense, a desconstrução da gestão democrática na escola, com a prorrogação do mandato de diretores/as; a ampliação do número de contratos profissionais nas redes municipais e estadual; a nova Base Nacional Curricular Comum (BNCC), reduzindo o direito à educação integral aos estudantes; tudo isso justificado pelo necessidade de corte de verbas para investimentos em serviços públicos. Daí as Emendas Constitucionais nº 95, do Governo Federal, e EC nº 81, em Mato Grosso, que sustentam o projeto político “inovador”, que transforma bens e serviços públicos em fábrica de dinheiro para os pequeno grupo que controla a economia mundial.

O sindicalista lembra que a fusão das empresas educacionais tornará único o controle da edição de livros didáticos distribuídos nas escolas públicas brasileiras. A Somos Educação, agora dominada pela Kroton, é proprietária das editoras Ática, a Scipione e a Saraiva. “A Reforma do Ensino Médio foi criada para atender aos interesse desse mercado que ameaça definir por meio de cursos apostilados as políticas pedagógicas que atendam a proposta de educação defendida por essas empresas, ou seja, o mínimo de conhecimento para o máximo de mão de obra”, conclui.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 08/05/2018 15:07:55


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