A conferência inaugural da 7° edição do Encontro Nacional do Departamento de Funcionários, ligado à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (Defe/CNTE) trouxe para os participantes a reflexão "Cenários Políticos para o Brasil". O palestrante convidado, o editor da Revista Fórum, Renato Rovai, apontou que o debate central das eleições desse ano envolverá o seguinte questionamento: qual será o futuro do papel do Estado?

Para Rovai, é o papel do Estado que está em foco na atual conjuntura política. Ele afirma que as candidaturas apresentadas para o governo do país são claras em seus propósitos e que cada uma delas, apresenta uma resposta sobre este papel. "A candidatura de Dilma Russef (PT) não gira em torno de apenas um partido ou eixo político. São vários partidos reunidos com o objetivo de apresentar um Estado que tem a capacidade de conduzir o desenvolvimento do país, mas com a adoção de políticas de compensação", declarou.

Por outro lado, o jornalista vê na proposta de governo do candidato José Serra (PSDB) uma continuidade de projetos já iniciados por Collor e Fernado Henrique Cardoso. Este último, com a implementação do seu programa macro político e econômico. "É a política de incentivos à privatização, a da entrega do papel do Estado à iniciativa privada. Há 16 anos, o PSDB está no controle de São Paulo, por isso, poderia fazer o maior programa social do país. Mas até hoje não tem programa social. Qual o papel que aquele governo faz para a inclusão, para a melhoria do transporte coletivo, da saúde pública? Qual foi o papel na última greve dos funcionários e professores? Foi o de não dialogar com os movimentos sociais, foi o de recorrer a métodos truculentos", questionou.

Conjuntura nacional e educacional - Para proferir a última palestra do dia no 7° Encontro Nacional do Defe, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convidou os seus próprios dirigentes: o secretário geral Denílson Bento da Costa e a secretária adjunta de assuntos educacionais Maria Antonieta da Trindade para falar sobre a conjuntura nacional e educacional. Os secretários elencaram pontos da pauta de reivindicações dos trabalhadores em educação, entre eles, a aprovação do piso profissional nacional para os funcionários de escolas.

Profissionalização e valorização, também são palavras que estão entrelaçadas na luta dos funcionários de escolas. O desafio atual é ampliar para todo o país o Programa Profuncionário (curso profissional de nível médio ofertado pelo MEC em parceria com os governos estaduais ou municipais) e os cursos tecnológicos - a serem ofertados pelos Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFETs). Para Denilson, estes são importantes para conduzir os funcionários de escolas ao caminho da profissionalização e, consequentemente, da valorização.

 

 

Fonte: APP Sindicato

 

Cuiabá, MT - 02/08/2010 00:00:00


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