A Conferência Mundial de Mulheres começou, nesta quinta-feira (20), com um balanço sobre a situação das mulheres 32 anos depois da elaboração da convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres (1979) e 15 anos após Declaração da Plataforma de Beijing (1995). A primeira edição do evento ocorre em Bangkok, na Tailândia, com a promoção da Internacional da Educação (IE), que atualmente representa cerca de 30 milhões de trabalhadores da área em todo o mundo.
Mais de 350 participantes
estarão reunidas até o dia 23 de janeiro para debater as dificuldades
enfrentadas pelas mulheres que trabalham na área educacional. A presidente da
Internacional da Educação (IE), Susan Hopgood, destacou os marcos feitos na
melhoria da condição da mulher na sociedade e os atuais desafios enfrentados
pelas mulheres em todo o mundo.
"Estamos em uma posição
para estimular a mudança para conseguir a transformação", disse ela.
"Estamos na área de atuação certa, a Educação, e contamos com os
sindicatos. Portanto, é nossa missão lutar pela qualidade de nossos sistemas de
educação na política e na prática", completou.
A secretária de Relações
Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e
vice-presidente do comitê regional da IE para a América Latina, Fátima Silva,
participou do painel "Mulheres no Poder e na Política". Fátima destacou as
possibilidades das mulheres desempenharem cada vez mais cargos de liderança e
citou o exemplo da eleição de Dilma Roussef, primeira mulher a ocupar a
presidência da República do Brasil.
Os palestrantes apresentaram uma ampla variedade de questões relacionadas com a condição das mulheres no mundo atual. Todos concordam que os sindicatos podem fazer mais e que é essencial incluir os homens na luta. Tradições, religião e cultura foram citados frequentemente como principais obstáculos à igualdade de gênero. Também foi levantada a importância do papel das famílias de não perpetuarem estereótipos de gênero no ambiente doméstico.