Os profissionais da Educação da rede municipal de Colniza prosseguem a greve enquanto recorrem a decisão judicial que determinou pela suspensão da paralisação. Na manhã desta quarta-feira (09.09) os trabalhadores promoveram um apitaço em frente à sede da Prefeitura em protesto contra as arbitrariedades promovidas pela administração municipal que não valoriza os educadores e a Educação.
Alguns prefeitos do Estado, conforme levantamento da Central do Sintep-MT, têm apresentado atitudes contrárias ao processo democrático. "O gestor de Colniza, por exemplo, é contrário ao diálogo e a construção coletiva de melhorias para o ensino municipal", acredita o diretor regional Carlito Pereira da Rocha. Para tentar um acordo a subsede pede apoio até mesmo ao Conselho Municipal de Educação.
Segundo o diretor regional, além de não negociar com os representantes sindicais, o prefeito tem exercido a coerção como forma de desmobilizar a categoria. “O Sintep não é apenas a Diretoria, são todos os profissionais filiados na luta por direitos coletivos”, acrescenta a presidente da subsede de Colniza, Ruth Souza.
Hoje a rede municipal está com aproximadamente 60% dos estudantes sem aula, ficando apenas as escolas distantes na zona rural, sem condições de mobilização. Os profissionais reivindicam na pauta apresentada o cumprimento do pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês; pagamento da diferença da recomposição salarial de 13,01% para toda a categoria; enquadramento; jornada de 30 horas; reformas nas escolas sucateadas; concurso público; critérios para contratação para o próximo ano letivo, normativa para eleição de Diretores escolares para o biênio 2016-2017, holerite online.
Cerca de quinze dias após o início da greve (27.08), o prefeito se recusa a conversar com os profissionais, não apresenta contraproposta e promove terrorismo, com ameaças de demissões dos profissionais contratados. Colniza tem atualmente mais de 60% do quadro da educação composto por temporários. “Uma prática que serve apenas para o poder coercitivo do gestor e não colabora com a qualidade da educação”, conclui a presidente.
Assessoria/Sintep-MT