Os trabalhadores da educação da rede municipal de Barra do Garças completa 20 dias estão em greve. A categoria retomou a greve que durou 104 dias, em 27 de maio, após o prefeito se negar a pagar o piso nacional para a categoria, descumprindo a decisão judicial e a Lei Federal nº 11.738/2008.
A greve de 104 dias tinha sido suspensa diante da perspectiva de implantação da Lei do Piso por determinação judicial. Agora, o prefeito Roberto Ângelo Farias, além de descumprir a determinação judicial, enviou para a Câmara de Vereadores um Projeto de Lei desestruturando o atual Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS).
Para o presidente da subsede de Barra do Garças do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/BG), Omar Cirino de Souza, o prefeito segue uma orientação orquestrada. "A proposta que o prefeito enviou para a Câmara achata os coeficientes salariais de elevação de níveis por tempo de serviço e de escolaridade, além de retirar os funcionários da educação da carreira", explica o presidente da subsede do Sintep/BG, ressaltando que o projeto destrói a carreira e fragmenta os trabalhadores/as da educação.
"Os/as trabalhadores/as da educação estão em alerta geral, pois sentem-se ameaçados pela retirada de direitos. Determinados/as em continuar a greve estão indo à Câmara de Vereadores para acompanhar as sessões, como um forma de barrar esse tipo de manobras políticas e para cobrar a implantação do Piso Salarial", informou o professor Omar Cirino.
A última reposição salarial feita pela Administração de Barra do Garças foi em novembro de 2012, depois de 3 anos. Hoje o piso inicial para a jornada de 30 horas é de R$1.033,00.